Nome: Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo do Bairro Aldeia.

Fundada em: 19 de junho de 2010.

Reconhecimento pela FCP – Fundação Cultural Palmares: em 22 de agosto de 2012.

HISTÓRIA DO QUILOMBO ALDEIA

A comunidade de Aldei foi formada em 1850, com o matrimônio de  Leudobina, filha de escravos com o João Miguel. Eles tiveram 9 filhos. Viviam da caça, plantação de arroz, feijão, café, milho e mandioca. O meio de Transporte utilizado por eles era a canoa, e navegavam através do rio Uma da Aldeia, onde viajavam horas para irem ao médico, visitar parentes, vender seus produtos ou resolver algo na cidade de Iguape. Com o tempo os filhos de Leudobila Julia da Silva e João Miguel Dias foram casando, tendo em média 6 filhos cada um. Hoje são uma grande família.

A comunidade ainda mantém a cultura e o mesmo estilo de vida que seus antepassados tinham como, o Baile de Reis (Reiada), a tradicional farinha de mandioca feita artesanalmente. Nas terras da comunidade existe um casarão de dois andares chamado de Cambicho, onde na época a mãe de Leudobina era mantida como escrava e também um segundo casarão construído pelos escravos onde pode-se observar a senzala em que os escravos da época ficavam no tronco e no andar superior seus “Senhores”. Existe também um cemitério no Morro do Cambicho onde se enterravam os escravos.

As terras da comunidade foram doadas na época as escravos que obtiveram sua liberdade. Existem dois casarões em ruínas chamado de Quilombo do Bernardo  e Quilombo do Borge. Ainda existe plantações de jabuticabas que eram cultivadas pelos escravos.

Hoje a comunidade tem em sua terra uma Igreja e tem por padroeira Santa Isabel, existe também várias casas pertencentes aos quilombolas, uma escola que se encontra fechada por motivos políticos, as crianças da comunidade vem enfrentando dificuldades, com o fechamento da escola, eles tem que deslocar-se por grandes distâncias para irem à escola o que só acontece por meio de transporte de barco.

Fonte: João Dias, Quilombo de Aldeia/Iguape.